Fisioterapia Pélvica - A importância no tratamento da Endometriose
Atualmente já são conhecidos os benefícios da Fisioterapia Pélvica nas pacientes com diagnóstico de endometriose, especialidade que cada vez mais desempenha um papel fundamental na equipe multidisciplinar.
O fisioterapeuta avalia a postura, o padrão muscular, fascial e busca a sinergia dos movimentos da pelve e do corpo, visando amenizar a dor intensa e suas consequencias na qualidade de vida. Isso se consegue com tratamentos individualizados e adaptados as necessidades de cada paciente. O objetivo da fisioterapia é de aliviar a dor e dar funcionalidade ao assoalho pélvico, promovendo além de outros benefícios a melhora também da vida sexual:
1. DAR FUNCIONALIDADE AO ASSOALHO PÉLVICO: Consiste em reordenar o relaxamento e a contração desses músculos. Na presença de endometriose, por causa da reação inflamatória que provoca os músculos não estão bem coordenados. Dessa forma ocorre a disfunção do pavimento pélvico, trazendo alguns sintomas como: dificuldade de esvaziamento da bexiga, incontinência urinária, dor ao defecar ou urinar, dor na relação sexual ou ao exame ginecológico, dores abdominais, no quadril e sacro-ilíaca.
2. MELHORAR A DOR DA REALAÇÃO SEXUAL: A inflamação provocada pela endometriose tendencia a formação de tecido cicatricial, aderência pélvica e abdominais. Assim favorecendo o aparecimento de trigger points que desencadeiam dor e espasmos. A falta de flexibilidade da cadeia estabilizadora da pelve também contribui para essa condição.
3. MELHORAR OUTRAS CAUSAS DE DOR: Outras condições que podem aparecer nas portadoras dessa doença são a síndrome da bexiga dolorosa, a neuropatia pudenda, quadro peritoneal inflamatório (inchaço excessivo do abdômen) e a vulvodínia. A fisioterapia pode ajudar a quebrar o ciclo da dor, pois a resposta de proteção do corpo a estas condições são os espasmos e formação de pontos gatilhos.
As ferramentas utilizadas para esse processo são: o biofeedback eletromiográfico, a biofotomodulação (LASER de baixa intensidade), técnicas manuais e viscerais, acessórios pélvicos, eletroterapia e ginástica hipopressiva.